Números atestam: inteligência artificial está se tornando praxe na saúde

O tema inteligência artificial (IA) já vem sendo amplamente discutido por muitos empreendedores de diferentes áreas.

A todo momento, surgem descobertas que podem ser usadas lado a lado com a IA para trazer resultados ainda melhores em setores que estão evoluindo gradativamente ou em processos que podem ser aprimorados.

Um exemplo disso é a área da saúde, que já vem sendo impactada pela adoção de soluções altamente tecnológicas e tem passado por grandes transformações com o uso da inteligência artificial.

De acordo com um estudo feito pela empresa TechTarget, 41% das companhias que atuam no setor registraram um aumento no orçamento do departamento de tecnologia da informação, em 2023. Outro dado interessante do relatório é que inovações como IA e ciência de dados são consideradas prioridades de investimento para 30% das companhias entrevistadas.

Já uma pesquisa feita pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) com 45 hospitais aponta que 55,1% já investiram na IA com o intuito de agregar valor na resolução de problemas, e 62,5% deles já usaram a tecnologia nos seus processos internos.

Outro estudo feito pela IDC em parceria com a Microsoft, apontou que 79% das empresas já usaram IA, e 65% das companhias brasileiras têm a consciência de que a IA generativa vai aprimorar a qualidade dos produtos e serviços.

Esses dados mostram o potencial que a inteligência artificial tem para a área da saúde e o quanto ela pode beneficiar as instituições médicas e, principalmente, os pacientes.

Aplicações da IA na saúde

Uma de suas aplicações é no processo de diagnóstico, onde tem apontado resultados significativos. Ao meu ver, esse é um dos usos mais importantes para toda a cadeia. Por meio dessa tecnologia, é possível analisar imagens e identificar possíveis doenças que muitas vezes, aos olhos dos médicos, não seriam vistas.

Isso tem acontecido principalmente no diagnóstico de câncer, pois em alguns casos, as manchas existentes são muito pequenas para serem identificadas, o que é determinante para a evolução da cura.

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Além disso, a tecnologia consegue personalizar os tratamentos médicos por meio de análises de dados clínicos e genéticos, com o objetivo de descobrir de maneira precoce alguma doença pré-existente, garantindo uma chance maior de recuperação. Outros dois exemplos são a aplicação da IA para pesquisa e desenvolvimento de tratamentos e medicamentos e no monitoramento de pacientes.

Diante desses insights, é possível concluir que o uso da inteligência artificial mudou a forma como os médicos lidam com seus pacientes e trouxe ganhos imensuráveis para o setor da saúde.

Com certeza essa transformação está só começando. Ainda há muito a ser explorado no quesito inovação, mas o setor precisa estar preparado para absorver toda essa transformação.

Por fim, os profissionais da área devem estudar e entender como fazer bom uso das soluções em IA e tirar o melhor proveito das novas ferramentas, com impactos positivos em toda a cadeia. Fica a dica!

*Cadu Lopes é CEO da Doctoralia Brasil, Peru e Chile e Feegow Clinic.

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