Assine VEJA SAÚDE por R$2,00/semana
Imagem Blog

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Meningite e desinformação: páginas que o Brasil precisa superar

Neste Dia Mundial de Combate à Meningite, é urgente reforçar o pacto social da vacinação contra a doença

Por Karen Mirna Loro Morejon, infectologista*
5 out 2022, 08h52

Acompanhamos diariamente os impactos da desconfiança que afasta 13% dos brasileiros dos postos de vacinação. Preocupante por si só, a hesitação vacinal, aliada à crescente desinformação sobre o tema, criou um cenário que derruba de forma contínua a curva vacinal no país desde 2018. É o cenário perfeito para que doenças graves como a meningite ressurjam em meio a ondas de fake news.

O avanço da desinformação, com rumores e notícias falsas ganhando valor de verdade em smartphones e rodas de conversa cotidianas, exige que nossa sociedade, em todos os níveis, repactue nossa força na vacinação.

Isso já nos uniu no passado para erradicar enfermidades e deixar para trás graves surtos, como o de meningite vivido por aqui nos anos 1970, dentre vários outros.

É preciso virar a página para reverter o cenário que faz 5 em cada 10 brasileiros evitarem alguma vacina por causa de razões inexistentes ou imprecisas cientificamente.

BUSCA DE MEDICAMENTOS Informações Legais

DISTRIBUÍDO POR

Consulte remédios com os melhores preços

Favor usar palavras com mais de dois caracteres
DISTRIBUÍDO POR
Continua após a publicidade

Isso requer uma mudança de estratégia dinâmica, com foco cada vez maior em levar notícias críveis, acessíveis e programas de conscientização fortes, tanto no meio físico, em postos de saúde e na busca ativa pela população, quanto no meio digital.

A desconfiança na vacinação, contudo, não pode ser condicionada apenas ao isolamento decorrente da pandemia. O Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI/CGPNI/DEIDT/SVS/MS) aponta que, por cinco anos consecutivos, nosso país assiste a curva de imunização geral do PNI cair, saindo de 77,13%2 naquele ano para atuais 42,33%2.

No caso da meningite meningocócica, os efeitos são indiscutíveis e muitos sérios. Entre 1 500 e 3 mil brasileiros são diagnosticados com a doença todos os anos, incluindo nessa lista não apenas bebês (como comumente pensamos quando falamos da doença), mas também adolescentes e jovens adultos que deixaram de se vacinar.

O grupo de adolescentes, aliás, merece especial atenção das autoridades. Além de ser considerado chave para o controle da doença, com estimativas apontando que cerca de 20%5 deste público pode transportar a bactéria causadora da doença de forma assintomática, esse é um público que está muito inserido nos meios digitais.

Continua após a publicidade
Compartilhe essa matéria via:

O Brasil conta nos sistemas público e privado de vacinação com imunizantes contra meningite meningocócica de alta eficácia contra os sorogrupos A, C, W, Y, e o B (apenas no privado) para diversas faixas etárias.

Mesmo assim, a taxa de vacinação estagnou nesse público apto a receber o imunizante, sinal de que precisamos atuar mais fortemente na conscientização sobre o papel de todos na eficácia das vacinas neste e outros públicos.

Para virarmos a página da meningite meningocócica no Brasil, temos que voltar a fazer a lição de casa e o maior desafio será o de reafirmar o pacto social em torno da vacinação no país. A união faz a força para superar as desinformações e combater doenças preveníveis por vacinas como as meningites.

Continua após a publicidade

*Karen Mirna Loro Morejon é infectologista membro do Comitê de Imunizações da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 12,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.