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Guia gratuito ensina a evitar quedas e prevenir fraturas da osteoporose

No Dia Mundial da Osteoporose, conheça a iniciativa Casa Segura Virtual, desenvolvida por médicos e arquitetos

Por Sergio Setsuo Maeda, endocrinologista*
20 out 2023, 09h48
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As quedas aumentam de incidência conforme envelhecemos, mas dá para evitar (VEJA SAÚDE/SAÚDE é Vital)
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A osteoporose deixa os ossos mais frágeis e aumenta significativamente os riscos de fraturas. Em todo planeta, uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens com mais de 50 anos sofrerão uma fratura óssea por causa da doença.

E que o mais assusta: mesmo após um evento do tipo, cerca de 80% dos pacientes não são diagnosticados e tratados para controlar essa condição silenciosa.

As fraturas decorrentes da osteoporose podem ocasionar dor e redução da mobilidade, dificultar a realização de tarefas básicas do cotidiano e incapacitar os indivíduos para retomar suas vidas.

Punhos, coluna e quadril são as principais áreas atingidas, e as fraturas de quadril em especial podem levar a períodos muito longos de internação hospitalar, com risco aumentado para infecções e óbito.

As medidas de prevenção começam na infância, com boa ingestão de alimentos ricos em cálcio (de leite e derivados), atividade física regular com exercícios resistidos e de equilíbrio, pensando no fortalecimento de músculos, ossos e articulações e, claro, exposição solar para formação de vitamina D.

A osteoporose não escolhe gênero e se manifesta conforme ficamos mais velhos. Porém, a menopausa é um fator que aumenta o risco para as mulheres, em razão da queda abrupta do estrogênio.

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Nesse sentido, para mulheres acima de 45 anos, as fraturas osteoporóticas resultam em mais dias de hospitalização do que outras doenças, incluindo diabetes, infarto e câncer da mama.

Outros dados importantes servem como alerta:

  •  Cerca de 20% a 24% dos pacientes vão a óbito no primeiro ano após fratura de quadril;
  • Cerca de 40% das pessoas que tiveram fratura no quadril ficam incapazes de andar sem ajuda;
  • 33% dos pacientes com fratura de quadril ficam totalmente dependentes ou em casa de repouso no ano seguinte à fratura de quadril.

+ Leia também: Pessoas com osteoporose podem (e devem) fazer exercícios

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Dicas para prevenir quedas em casa

Diante desses números, primamos pela prevenção de quedas, que são uma das principais causas das fraturas osteoporóticas.

A Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso) criou a Casa Segura Virtual, um guia digital com dicas e recomendações para diminuir o risco de quedas dentro de casa.

O material adapta os ambientes domésticos para necessidades especiais que surgem com o envelhecimento, como as dificuldades motoras e a perda de equilíbrio.

Entre os conteúdos, sugestões de adaptações simples, que podem ser feitas em qualquer moradia por meio da escolha do mobiliário, da organização dos utensílios e de pequenas reformas.

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Veja exemplos de dicas que você encontra no guia, que é dividido por cômodos:

  • Na sala: coloque móveis em cima de tapetes, para evitar que eles se desloquem. Escolha poltronas e sofás com altura adequada para facilitar o sentar e levantar. Espalhe tomadas pelo espaço para evitar o uso de extensões.
  • Na cozinha: puxadores de armário devem ser em formato de alça. Procure colocar o forno em meia altura, não abaixo do fogão, para não precisar se abaixar. Prefira pisos de cerâmica não polidos.
  • No quarto: o colchão deve ser rígido para não atrapalhar o ato de levantar. Guarda-roupas devem ter portas pequenas, sem armários altos. A mesa de cabeceira ideal é robusta e fixa, para servir de apoio se necessário.

Estas são apenas algumas das recomendações do guia, que foi elaborado por uma equipe multidisciplinar composta por arquiteto, ilustradore, programadores e médicos da Abrasso.

O projeto prioriza o acesso da Casa Segura pelo celular e traz a opção das instruções em áudio, permitindo maior acessibilidade.

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Assim, o lar deixa de ser um ambiente perigoso e se torna seguro para seus moradores, que se engajam para realizar as modificações e se empoderam, sendo protagonistas de suas próprias vidas em prol da saúde.

Com o fácil acesso aos dispositivos móveis, mesmo por parte das pessoas mais idosas, acreditamos que a iniciativa poderá romper fronteiras e ajudar na prevenção de quedas. A Casa Segura está a aberta a todos, nem precisa bater na porta para entrar.

* Sergio Setsuo Maeda é médico endocrinologista e Presidente da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso)

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