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É tempo de conscientização sobre o ceratocone

Aproveite o Junho Violeta para conhecer essa doença progressiva que pode comprometer a visão

Por Tiago César Pereira Ferreira, oftalmologista*
20 jun 2024, 08h07

O Junho Violeta é uma campanha anual que tem como principal objetivo a conscientização sobre o ceratocone, doença ocular progressiva que pode comprometer seriamente a visão.

A ideia é falar, com campanhas e ações educativas, sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado.

O ceratocone é uma condição em que a córnea, normalmente em forma de cúpula, torna-se mais fina e assume uma forma cônica. Esta alteração resulta em distorção visual significativa.

A doença geralmente se manifesta na adolescência ou no início da fase adulta e pode progredir até os 40 anos, afetando ambos os olhos de forma assimétrica. Os sinais e sintomas incluem visão embaçada ou distorcida, sensibilidade à luz, dificuldade para ver à noite, visão dupla em um olho e mudanças frequentes na prescrição de óculos.

Essas queixas dificultam atividades cotidianas como ler, dirigir e assistir televisão, impactando significativamente a qualidade de vida dos portadores.

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O diagnóstico precoce é crucial para o manejo eficaz da doença. Para tal, exames oftalmológicos regulares são fundamentais, especialmente para aqueles com histórico familiar da condição.

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Atualmente, a topografia corneana é uma ferramenta essencial para a detecção do ceratocone. Este exame permite a análise detalhada da forma e espessura da córnea, identificando alterações características antes mesmo que os sintomas se tornem evidentes.

O tratamento do ceratocone depende da sua gravidade e pode incluir, em estágios iniciais, óculos ou lentes de contato rígidas para corrigir a visão. O crosslinking corneano é um procedimento que fortalece a córnea e impede a progressão da mudança de forma.

Esta técnica envolve a aplicação de riboflavina (vitamina B2) e luz ultravioleta para aumentar as ligações entre as fibras de colágeno da córnea.

Outra oção é a inserção de anéis intracorneanos, que são pequenos dispositivos implantados na região para melhorar sua forma e reduzir a distorção visual. Em casos mais avançados, quando essas opções não são eficazes, o transplante de córnea pode ser necessário. Este procedimento pode ser um transplante lamelar (parcial) ou penetrante (total), dependendo da extensão do dano.

+ Leia também: O que os olhos dizem sobre a sua saúde

Embora a causa exata do ceratocone não seja completamente compreendida, há medidas que podem ajudar a prevenir sua progressão.

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Entre elas, evitar coçar os olhos, já que o ato danifica a córnea e acelera a progressão da doença, manter uma boa higiene ocular para reduzir o risco de irritação e inflamação, e realizar consultas oftalmológicas regulares, com exames que permitam a detecção precoce da condição.

Com educação contínua e cuidados apropriados, é possível proteger nossa visão e melhorar a qualidade de vida dos pacientes que sofrem com o problema.

*Tiago César Pereira Ferreira, oftalmologista, professor de cirurgia oftalmológica na Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. 

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