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É normal acordar à noite para fazer xixi?

Médico explica as principais causas da noctúria e conta quais são as formas de controlar a condição. A boa notícia: tem, sim, tratamento!

Por Dr. Bruno Cezarino, urologista*
Atualizado em 25 mar 2020, 09h59 - Publicado em 13 Maio 2019, 18h09
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  • Nós, médicos, temos um nome para essa situação em que se acorda algumas (ou muitas!) vezes durante a madrugada para fazer xixi: é a noctúria. Falamos de um transtorno definido pelo ato de urinar precedido e sucedido pelo sono. Muitas pessoas acreditam, de maneira equivocada, que urinar no meio da noite seja um sinal de saúde, de que o organismo anda muito bem. Acontece que a noctúria é frequentemente relacionada a redução na qualidade do sono, sonolência diurna, aumento da pressão arterial, alteração do humor, maior propensão a quedas e fraturas e até a acidentes de trânsito.

    O risco de desenvolver a noctúria aumenta com o passar dos anos. Pode chegar a 30% entre pessoas acima dos 65 anos e passar dos 50% entre aquelas com mais de 80. Como dá para perceber, ela atinge indivíduos mais velhos, quando eles já costumam se mostrar mais frágeis.

    Que fique claro que a noctúria em si não é uma doença. Urinar frequentemente à noite deve ser visto como sinal de alerta para o sujeito procurar o médico (em geral, o urologista) e podermos detectar o que está acontecendo de errado, bem como prevenir os problemas listados anteriormente.

    Existem três causas principais para a noctúria:

    1. Obstrução do jato urinário, que acontece com o aumento benigno da próstata em homens ou devido a um estreitamento da uretra, o canal por onde sai o xixi.
    2. Hiperatividade vesical, situação marcada por contrações inadvertidas da bexiga que provocam intensa vontade de urinar e está relacionada a infecção urinária e cálculos renais ou não tem causa aparente.
    3. Aumento na produção noturna de urina, condição associada a fatores ou doenças, como insuficiência cardíaca, diabetes, insuficiência venosa (inchaço das pernas) ou, ainda, desbalanço hormonal.
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    Um passo essencial para apurarmos o que vem ocorrendo é a solicitação de um diário miccional, que é uma avaliação, realizada pelo próprio paciente, da frequência em que ele urina de manhã e à noite, do volume de xixi e da quantidade e qualidade de líquidos ingeridos durante determinado período. O diário nos ajuda a determinar qual das três causas é o motivo da noctúria.

    Apenas após essa avaliação inicial e, eventualmente, o uso de exames mais específicos, o profissional irá chegar a um diagnóstico preciso. O tratamento, por sua vez, deve ser baseado na origem do problema. Podemos resumir da seguinte forma:

    1. Diante de um bloqueio do canal urinário, a causa mais comum de noctúria em homens após os 40 anos, o tratamento é baseado em medicamentos relaxantes do músculo prostático ou cirurgias na próstata para eliminar a obstrução que está comprometendo o ato e a frequência de urinar.
    2. No caso da hiperatividade da bexiga, quadro mais frequente em mulheres após a menopausa e associado à incontinência urinária, recorremos a terapias e medicações que controlam as contrações da bexiga.
    3. Havendo a produção aumentada de urina à noite, medidas comportamentais, como reduzir a quantidade de líquido ingerido após às seis da tarde e erguer os membros inferiores à tarde por cerca de 30 minutos, assim como ajustar a dose de remédios diuréticos, já ajudam bastante. Mas existem casos que podem exigir uma intervenção com medicamentos específicos. E, felizmente, já existe um tipo capaz de baixar em 60% os episódios de noctúria.
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    O recado mais importante para a pessoa que suspeita que está urinando demais à noite é entender que está sob risco e seu problema tem solução. Portanto, não tem por que demorar a procurar um especialista.

    * Dr. Bruno Cezarino é urologista e médico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo

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