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Dia Mundial da Imunização: a importância das vacinas para bebês prematuros

Imunizantes são muito importantes para todas as crianças, mas ainda mais para as que nascem antes da hora

Por Ana Paula Burian, infectologista e pediatra*
Atualizado em 9 jun 2024, 12h18 - Publicado em 9 jun 2024, 06h00

Em 9 de junho é comemorado o Dia Mundial da Imunização, data que tem o intuito de celebrar a história das vacinas, que há mais de 200 anos vêm nos protegendo e salvando vidas.

Mais do que isso, é uma data para conscientizar a população sobre a necessidade delas para controle, a eliminação e até mesmo a erradicação de doenças. Um grande exemplo é a poliomielite, doença que registrou seu último caso no Brasil há mais de 30 anos, fato que só foi possível graças à imunização em massa das crianças brasileiras e a manutenção de altas coberturas vacinais.

Sendo assim, sabemos que é de extrema importância a imunização de todos, mas especialmente das populações mais vulneráveis – caso dos idosos, portadores de doenças crônicas, pessoas que têm o sistema imunológico comprometido e os prematuros.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, todos os anos cerca de 15 milhões de crianças no mundo nascem antes de completar 37 semanas de gestação. Ou seja, são bebês considerados prematuros. Por nascerem antes da hora, eles possuem o sistema imunológico menos desenvolvido e são mais suscetíveis a uma variedade de doenças.

Essa situação exige cuidado e atenção redobrados, especialmente quando se trata de prevenção.

Calendário de vacinação dos prematuros

O cronograma é especial, e leva em consideração a idade cronológica do bebê e suas necessidades em cada etapa do desenvolvimento. Nesse contexto, um dos principais diferenciais para o calendário de bebês nascidos a termo é a recomendação do uso de vacinas acelulares combinadas, que protegem contra várias doenças em uma única dose, com menos possibilidade de eventos adversos.

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É importante ressaltar que as vacinas administradas nas unidades básicas de saúde (UBSs) para os bebês a termo são as vacinas combinadas de células inteiras. Esses imunizantes são seguros para a população em geral, mas os prematuros têm maior risco de desenvolver reações vacinais, especialmente os com menos de 33 semanas e/ou menos de 1,5 kg.

Essa população têm direito a receber pelo SUS (nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais e em alguns postos de saúde, utilizando a solicitação pelo CRIE Virtual) a vacina acelular hexavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, Haemophilus influenzae tipo b, poliomielite e hepatite B, em uma só injeção.

+ Leia também: OMS recomenda método canguru para prematuros em boas condições de saúde

Essas vacinas representam um importante avanço na proteção dos bebês prematuros, pois, em uma única apresentação, são capazes de ensinar o corpo a se defender de mais de um agente infeccioso, vírus ou bactéria. Isso acontece por conta dos antígenos presente nessas vacinas, ou seja, substâncias que desencadeiam a produção de anticorpos em nosso organismo.

O Programa Nacional de Imunização (PNI), que completou 50 anos no ano passado, é um dos maiores do mundo e o responsável por fornecer todas as vacinas necessárias para a proteção dos prematuros.

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No entanto, muitos pais podem ser pegos de surpresa e se sentirem perdidos quando chega o momento de vacinar seu bebê. Por isso, um dos principais aliados dos pais nessa jornada são os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), locais que disponibilizam vacinas especiais para públicos específicos, entre eles, os prematuros.

É fundamental que cada vez mais famílias saibam da existência dos CRIE e da importância das vacinas combinadas para a proteção dos recém-nascidos prematuros. Seguindo à risca o calendário vacinal e os outros cuidados recomendados pelos pediatras, esses bebês poderão crescer saudáveis e protegidos.

*Ana Paula Burian, infectologista e pediatra, coordenadora Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais do Espírito Santo (CRIE-ES)

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