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Dentes de leite: a importância da transição natural para os permanentes

Odontopediatra explica por que não fazer o uso de técnicas caseiras para "arrancar" os dentes moles das crianças

Por Patrícia Valéria Cunha Georgevich, cirurgiã-dentista*
19 jun 2024, 11h26

A queda dos dentes de leite é um marco na vida das crianças e deve ser motivo de celebração, não de preocupação. A troca para os permanentes é um processo natural, a ser encarado com alegria e paciência, sem técnicas que forcem seu curso.

É fundamental que cada pequeno dente de leite receba atenção adequada desde o seu surgimento. Assim que começam a brotar nos sorrisos dos bebês, nos primeiros meses de vida, eles desempenham um papel importante na saúde geral das crianças, na pré-adolescência e fase adulta.

Muitos adultos devem se lembrar dos pais recorrendo a técnicas caseiras, um tanto quanto peculiares, para acelerar a queda dos dentes de leite já amolecidos. Entram na lista o clássico método de amarrar o dente a um fio e bater à porta, mastigar alimentos enrijecidos, como a maçã, e o uso de objetos para alavancar o dente mole.

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Ainda falando dessa época, algumas crianças eram encorajadas a girar o dente continuamente com os dedos até que ele se soltasse, enquanto outras recorriam a uma “ajuda” um tanto questionável de amigos ou irmãos mais velhos que, com um empurrão “acidental”, ajudariam o dente a encontrar seu caminho para fora da boca.

Essas técnicas, embora criativas, não são recomendadas por profissionais devido ao risco de danos às gengivas ou infecções. É melhor deixar que eles se soltem naturalmente, o que muitas vezes acontece quando a criança está mastigando algum alimento, não pela sua dureza, e sim pelas forças que agem sobre o dente durante o movimento da mastigação.

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+ Leia também: Para ler com as crianças e preservar a saúde bucal delas

Se os dentes permanentes começarem a crescer antes dos de leite caírem, é importante consultar um odontopediatra. Em alguns casos, pode ser necessário extrair os dentes de leite que estiverem retidos, impedindo o crescimento saudável da dentição permanente.

É importante manter bons hábitos de higiene bucal, uma dieta equilibrada e visitar regularmente o cirurgião-dentista, principalmente o odontopediatra, que será essencial por uma transição suave entre essas duas etapas da vida.

Uma rotina de cuidados deve ser iniciada antes mesmo do aparecimento do primeiro dente, e, de preferência, ainda na gestação, com a saúde bucal da mãe. A alimentação da criança também é parte essencial e importante deste pacote. A principal recomendação aqui é evitar açúcares e alimentos ultraprocessados, que são grandes vilões e favorecem o surgimento das cáries.

Quanto ao uso do creme dental com flúor, é necessário a avaliação e orientação do odontopediatra.

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Além disso, a odontologia infantil precisa ser abordada sempre com um espírito de diversão e cuidado, garantindo que as primeiras experiências das crianças ao cirurgião-dentista sejam positivas. Afinal, um sorriso saudável é um presente maravilhoso que as crianças carregarão por toda a vida.

*Patrícia Valéria Cunha Georgevich, cirurgiã-dentista, especialista e presidente da Câmara Técnica de Odontopediatra do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

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