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Conheça a ginecomastia, crescimento anormal das mamas no homem

A condição pode surgir em diversas etapas da vida e nem sempre significa um risco a saúde ou exige tratamento

Por Carlos Eduardo Seraphim, endocrinologista*
22 jun 2024, 06h00

A ginecomastia é uma condição que acomete muitos homens e pode afetar a autoestima. Trata-se do aumento benigno do volume da glândula mamária. Normalmente, essa estrutura involui no sexo masculino, mas em diferentes períodos da vida ela pode se desenvolver e gerar incômodos.

A causa do problema pode variar muito de acordo com o contexto, mas sempre envolve um desequilíbrio hormonal, seja uma redução da ação dos hormônios masculinos, ou andrógenos, ou um aumento da ação dos estrógenos, hormônios femininos.

Nem sempre essa alteração pode ser identificada com exames de sangue, porque isso pode acontecer dentro do próprio tecido da glândula, e fatores individuais podem tornar a pessoa mais suscetível ao crescimento anormal.

Antes de entrar em causas específicas, vale destacar que nem sempre o aumento no volume peitoral é ginecomastia. Existe também a lipomastia ou pseudoginecomastia. Na lipomastia, o tecido ao redor da aréola é gordura, e não glândula, e isso acontece na obesidade ou sobrepeso.

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Em geral a palpação pelo médico é suficiente para diferenciar uma situação da outra, pois a gordura e o tecido mamário têm consistências diferentes ao toque.

+ Leia também: Cirurgia para ginecomastia ajuda homens a recuperar autoestima

Causas da ginecomastia

Existem três períodos na vida em que a ginecomastia pode ser fisiológica, ou seja, normal e não exigir necessariamente tratamento:
A primeira é no início da vida. Muitas vezes, o bebê nasce ainda com um pouco dos hormônios da placenta no seu sangue, e essa situação se resolve sozinha.

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No início da puberdade (adolescência), a produção hormonal ainda não é equivalente à do homem adulto, e pode haver uma ginecomastia que some sozinha em 6 a 24 meses.

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O homem idoso também pode desenvolver a condição, em geral por haver um declínio natural da relação entre testosterona e hormônios femininos, ainda mais quando há ganho de gordura no processo de envelhecimento.

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Além das causas fisiológicas, há uma grande quantidade de outros fatores que devem ser investigados quando há ginecomastia, de acordo com a avaliação médica.

O crescente uso de anabolizantes, além de trazer graves riscos de saúde, também pode gerar o crescimento da mama, tanto durante quanto após o uso. Além disso, doenças no fígado, na tireoide (hipertireoidismo), insuficiência renal, uso de alguns medicamentos, uso de maconha e opioides podem desencadear o problema.

Mais raramente, alguns tumores de testículos ou de glândulas suprarrenais, assim como condições congênitas podem estar envolvidos.

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Como tratar a ginecomastia?

O tratamento pode ser clínico, com medicamentos, ou cirúrgico. Em geral, se tratada antes de 6 a 12 meses de evolução, a ginecomastia pode responder bem aos remédios, mas, após esse período, pode haver fibrose e a indicação é a abordagem cirúrgica.

Medicamentos podem melhorar o aspecto e a dor da ginecomastia. A medicação mais estudada para esse fim é o tamoxifeno. Trata-se de um remédio da família dos SERMs, moduladores seletivos do receptor de estrógeno, que agem diminuindo em alguns tecidos as ações estrogênicas.

Outras medicações que podem ser utilizadas são os inibidores de aromatase, como o anastrozol e o letrozol, de acordo com o caso. Um estudo recente mostrou que o tratamento clínico é igualmente eficaz ao procedimento cirúrgico especialmente em pacientes com uma ginecomastia de menor volume e com menores níveis de estrógeno.

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Mas lembre-se, é sempre importante consultar um especialista e discutir a melhor opção no seu caso.

*Carlos Eduardo Seraphim, é endocrinologista, e especialista em metabologia, preceptor da residência médica em Endocrinologia e Metabologia da USP, e diretor médico endocrinologia na plataforma Omens, no assunto de perda de peso.

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