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A revolução desencadeada pela inteligência artificial na pesquisa médica

A IA chegou para ficar no meio médico. Conheça as plataformas que já estão sendo usadas para facilitar a produção científica

Por Guilherme S. Hummel, executivo*
Atualizado em 14 out 2023, 11h04 - Publicado em 14 out 2023, 10h51
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    Medicina ganha impulso notável com a expansão das plataformas generativas de inteligência artificial (Ilustração: Felipe Mayerle/SAÚDE é Vital)

    Muitos devem lembrar do filme Viagem Fantástica, de 1966, sobre quatro cientistas que encolhem e utilizam um minúsculo submarino para navegar pelas artérias de um homem com um problema no cérebro.

    Na época, impressionou. Hoje, seria uma ficção prosaica: uma pílula inteligente do tamanho de um mirtilo, por exemplo, já pode hoje detectar os principais elementos indicativos de uma doença intestinal.

    O que impressiona mesmo hoje são as máquinas algorítmicas. Em 2023, a medicina está ganhando um impulso notável com a expansão das plataformas generativas de inteligência artificial (IA), que produzem algum tipo de conteúdo, consagradas por seus nomes comerciais (ChatGPT e Bard, por exemplo).

    + Leia também: Inteligência artificial na saúde: o Brasil na rota das pesquisas

    Elas parecem ter saído do script de um “Viagem Fantástica 8.0”. Não só a pesquisa médica se beneficia, mas também o diagnóstico e a escolha de tratamentos.

    Um estudo publicado este mês indagou: qual a confiabilidade das respostas do ChatGPT às consultas feitas por médicos? No trabalho, um grupo de 33 médicos de 17 especialidades gerou 284 perguntas clínicas.

    A plataforma de IA gerou respostas predominantemente precisas, conforme julgado por médicos especialistas, em uma mediana de acurácia de 5,5 na escala Likert, sendo 1 completamente incorreta e 6 completamente correta.

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    Trata-se de um momento de júbilo para qualquer cientista. Não estamos falando apenas de ChatGPT ou Bard, mas de inúmeras outras plataformas específicas. O Elicit, por exemplo, é um assistente desenvolvido em linguagem natural, que permite conversas inteligentes com mais de 200 milhões de artigos acadêmicos.

    Da mesma forma, a plataforma Inciteful acessa cerca de 240 milhões de pesquisas científicas, ou quase 2 bilhões de citações de várias bases de dados médicos.

    + Leia também: ChatGPT na saúde. O que nos espera?

    Inúmeras outras plataformas inteligentes surgem no mercado todos os dias, conhecidas como scholarly-concierges, prometendo acelerar e muito a produção das ciências médicas.

    A Powerdrill jura que é mais eficiente que o ChatGPT, além de descomplicar a tarefa de encontrar lacunas existentes na literatura científica, e a Litmaps vai além: a partir de um único artigo, gera um mapa de textos relevantes relacionados ao tema-alvo, classificando os mais citados.

    Não é diferente com o AlphaFold, a plataforma de IA do Google que prevê a estrutura de proteínas, com mais de 1,2 milhão de pesquisadores de 200 países acessando sua base para visualizar milhões de estruturas moleculares.

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    Só o PubMed, a biblioteca nacional de medicina dos EUA, acumulou até agosto deste ano mais de mil publicações que citam as IAs Generativas, e vale dizer que estas surgiram ao público em novembro de 2022. Ou seja, menos de um ano se passou.

    + Leia também: Novo exame de sangue brasileiro revela resultados em até 5 minutos

    Outra pesquisa, publicada em setembro e realizada pela revista Nature com 1 600 cientistas, mostrou que dois terços deles acham que as IAs proporcionam formas mais rápidas de processar dados, aceleram os cálculos ​​e poupam tempo e dinheiro.

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    A verdadeira”Viagem Fantástica” mal começou. E, como em qualquer transformação tecnológica, ela vem repleta de dúvidas, medos e desconfianças quanto a sua assertividade e uso ético.

    Mas, não há muita saída: lidar com a inovação é sempre lidar com a incerteza. O que seria mais perigoso? Enfrentá-la ou represá-la? Como descreveu Brecht: “do rio que tudo arrasta, diz-se que é violento e perigoso. Mas ninguém diz serem violentas e arriscadas as margens que o comprimem”.

    *Guilherme S. Hummel é mentor no eHealth Mentor Institute e coordenador científico do Hospitalar Hub.

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