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500 vezes mais interessante: saúde agora é do interesse de todos!

Jornalista que foi diretora de redação de VEJA SAÚDE por quase duas décadas reforça a essência dessa publicação em ajudar você a buscar uma vida melhor

Por Lucia Helena de Oliveira, jornalista*
Atualizado em 16 fev 2024, 16h26 - Publicado em 16 fev 2024, 14h42
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  • “SAÚDE É VITAL!” — o título, então — “é uma publicação voltada para a mulher em fase de envelhecimento”. Guardo bem as palavras do projeto editorial original. Isso, claro, 500 edições atrás.

    E hoje acho muito interessante tomar como ponto de partida essa definição, que me deixou de queixo caído quando passei a integrar sua redação, uns 180 números depois. Tive sorte de vê-la outras 200 e poucas vezes saindo da gráfica para as mãos de seus leitores (é, era só papel e tinta, engatinhávamos no digital).

    E mais sorte ainda pela oportunidade de fazer essa refexão em seu número 500. Uma revista feminina? Era isso no início? Predominava na imprensa a ideia de que era papel exclusivo das mulheres zelar pelo bem-estar geral.

    E, achava-se, os homens não teriam muita vontade de saber sobre comida saudável, ginástica, novos tratamentos… O que francamente mudou — ufa!

    Nos consultórios, por sua vez, quando VEJA SAÚDE usava seu nome de nascença, a figura dominante de jaleco era masculina. Nos anos 1980, só 28,7% dos profissionais eram mulheres. Já neste ano, elas viraram maioria: 50,2% dos médicos no país.

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    A antiga definição da revista também fala de envelhecimento. Porque, de fato, pensava mais em saúde quem já estava com medo de adoecer por causa da idade.

    E, nesse ponto, fazendo jus, aquela primeiríssima edição era ousada. Propunha reportagens para falar de prevenção, algo que se cultiva desde o berço. Acredite, não era tão óbvio.

    +Leia também: Especial Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas: vitórias da ciência brasileira

    Gostaria de prosear com você por páginas, mas vou dar só dois exemplos de mudanças de paradigma. A revista já tinha mais de década quando, em 1997, a legislação brasileira determinou o uso obrigatório do cinto de segurança.

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    Quem hoje pensaria em pegar uma estrada com crianças soltas e desprotegidas no banco de trás? Foi preciso muita matéria para
    convencer motoristas a respeito.

    Já tragar as baforadas do cigarro alheio, como se o problema fosse apenas o cheiro, era algo comum. Ninguém desconfiava de maiores ameaças até 2009, quando, em São Paulo, foi proibido fumar em locais fechados. E houve grita, até de não fumantes, de que a medida preventiva era um atentado à liberdade.

    Um dia, o grande sonho da população era ter acesso a exames que alguns planos propagandeavam como a última onda da ciência. Em um anúncio, ouvia-se a voz grave do locutor: “Tomografia computadorizada!”

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    Hoje a gente sabe que o excesso de exames pode ser um tiro no pé — para o paciente e o sistema todo. O desafio — que continua — é mostrar que prevenção é a soma de atitudes diárias e que acontece bem antes de você pisar no laboratório ou no hospital.  Algo que está em suas mãos, desde que você tenha a informação correta e acesso a grandes profissionais por meio de conteúdo confável.

    Certa vez, ouvi de um entrevistado: “Eu não leio Shakespeare para conhecer Otelo, Romeu, Julieta ou Hamlet. Eu leio Shakespeare para me conhecer. Acho que a gente não lê sobre saúde para saber o nome de doenças e remédios, mas para saber de si.”

    Esse é o papel do jornalismo que fazemos e que esta revista celebra pela quingentésima vez: levar cada leitor a se enxergar nas reportagens para ganhar ou recuperar o fôlego e assim, mesmo com uma dorzinha aqui e outra ali, correr atrás da vida que sempre quis.

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    *Lúcia Helena de Oliveira é jornalista expert em saúde com mais de 35 anos de carreira. Foi da equipe fundadora da revista SUPERINTERESSANTE e diretora de redação da SAÚDE É VITAL, hoje VEJA SAÚDE, de 1998 a 2015. Hoje é curadora de projetos de conteúdo e colunista do UOL

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