Black Friday: assine a partir de 1,00/semana
Imagem Blog

Check-up com Sidney Klajner

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
O cirurgião e presidente da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein levanta e debate as tendências e os desafios que interferem em nosso dia a dia e na saúde pública do país
Continua após publicidade

Endometriose: tratamento hormonal ou cirurgia?

Essa condição afeta as mulheres de formas diferentes. Entenda o que a endometriose pode causar e quais os caminhos atuais para lidar com ela

Por Sidney Klajner
2 jul 2022, 10h12
Mulher nua tapando a vagina com as mãos, simbolizando a endometriose
A endometriose pode causar sintomas diferentes em cada mulher. (Foto: GI/Getty Images)
Continua após publicidade

Estima-se que de 10% a 15% das mulheres em idade reprodutiva tenham endometriose. A doença é caracterizada pela implantação do endométrio (o tecido que reveste o útero internamente) fora do útero, instalando-se sobre o peritônio (membrana que reveste o abdome) ou sobre órgãos pélvicos, como vagina, bexiga, intestino e áreas externas do útero e colo uterino. Dores intensas, principalmente no período menstrual, infertilidade e desconforto na relação sexual (dispaurenia) são importantes sinais da condição.

Segundo o Prof. Dr. Sérgio Podgaec que, além de vice-presidente do Einstein, é um ginecologista envolvido em diversos estudos sobre endometriose, cerca de 90% das mulheres com esse problema sentem cólicas menstruais. De 30% a 40% têm dificuldade para engravidar.

A boa notícia é que a maior parte dos casos pode ser tratada sem cirurgia. A administração de hormônios e analgésicos melhora a dor em cerca de 70% das pacientes. A cirurgia fica reservada a quadros mais graves, quando a dor persiste ou, em algumas situações, onde há dificuldade para engravidar.

Compartilhe essa matéria via:

Além disso, é importante citar que há mulheres com endometriose que não apresentam sintomas. Ou seja, elas podem não precisar de tratamento – apenas de um seguimento clínico e, eventualmente, de exames de imagem, quando indicados.

Continua após a publicidade

Os avanços na ultrassonografia pélvica e transvaginal e a ressonância magnética da pelve, ambas com preparo intestinal prévio, têm contribuído para aumentar o número e a qualidade do diagnóstico da doença. No entanto, é fundamental que esses exames sejam realizados por radiologistas experientes na avaliação da endometriose.

De qualquer forma, vale ressaltar: não são apenas os achados no exame de imagem que indicam o tratamento. O quadro clínico, que pode ter impacto na qualidade de vida da mulher, é muito relevante nesse sentido.

Quando indicado, o procedimento cirúrgico é preferencialmente realizado por videolaparoscopia. Mas a remoção dos nódulos de endometriose pode ser uma cirurgia delicada, envolvendo tecido duro e fibroso que não necessariamente respeita limites entre um órgão e outro. Por isso, a abordagem tende a ser multidisciplinar, muitas vezes com a participação de ginecologista, urologista, cirurgião do aparelho digestivo e outros especialistas.

Continua após a publicidade

BUSCA DE MEDICAMENTOS Informações Legais

DISTRIBUÍDO POR

Consulte remédios com os melhores preços

Favor usar palavras com mais de dois caracteres
DISTRIBUÍDO POR

A medicina ainda tenta desvendar o que causa a endometriose. A teoria mais aceita, formulada há quase 100 anos, associa a doença à menstruação retrógrada – a parte do fluxo menstrual (sangue e tecido endometrial) que, em vez de sair apenas pela vagina, reflui para dentro da cavidade abdominal. Com isso, as células do endométrio conseguem se instalar em outros locais, gerando a doença.

+Leia também: A TPM pode interferir na qualidade do sono da mulher?

Continua após a publicidade

Acontece que quase todas as mulheres têm menstruação retrógrada. Então por que a doença ocorreria em algumas e não em outras? Ora, porque há outros fatores envolvidos, como os hereditários, hormonais e imunológicos. Estes últimos, aliás, são foco de uma extensa linha de pesquisa em andamento no Einstein.

Estudos podem nos levar a entender melhor o que causa a doença, outras formas de tratá-la e até de preveni-la. Por enquanto, é importante usar os conhecimentos que temos para fazer a escolha certa: tratamento clínico sempre que possível e cirurgia apenas quando ela é realmente necessária.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.