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Bebê pode dormir de bruços?

Pediatras explicam o motivo pela qual essa posição é perigosa e dão outras dicas de como manter a criança protegida (e de olhos fechados!) no descanso

Por Fabiana Schiavon
Atualizado em 15 jun 2022, 17h38 - Publicado em 14 jun 2022, 12h45
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  • É comum que mães e pais de primeira viagem tenham dúvidas sobre a maneira mais segura de colocar o bebê para descansar. A leitora Maria Aparecida Linhares, de São Paulo, leitora de Veja Saúde, pergunta se os pequenos podem dormir de bruços.

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    Os pediatras são categóricos na hora de responder que a posição não é recomendada, principalmente no primeiro ano de vida.

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    “Desde a década de 1970, estudos apontam que as maiores causas de morte por asfixia têm ligação com essa posição do bebê durante o sono”, explica Gustavo Antônio Moreira, presidente do Departamento Científico de Sono da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

    “Quando dorme de barriga para baixo, o bebê recebe menos oxigênio e elimina do gás carbônico com menos eficiência”, completa a pediatra Eugênia Maria Amoêdo Amaral, da BenCorp.

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    Outro ponto é que dormir de bruços leva a um sono mais profundo, lembra o presidente da SBP. Isso parece bom, mas… “Se houver uma situação de asfixia, a criança demora mais perceber e tentar sair da posição”, reitera Moreira.

    Um artigo do Jama Pediatrics de 1999 corrobora essas informações e ainda esclarece que as mortes súbitas por asfixia ocorrem com mais frequência na primeira noite em que a criança é colocada de bruços. Justamente porque ainda não tem habilidade para se mexer quando sentir algum desconforto.

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    Esse mesmo motivo, aliás, justifia o receio dos especialistas de deixar o pequeno dormir de lado. “A partir dos 4 ou 6 meses de vida, o bebê consegue rolar na cama, mas nem sempre têm a habilidade de voltar caso o corpo caia de bruços”, explica Moreira.

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    Infelizmente, não há uma idade média definida na qual os pequenos passam a conseguir virar a barriga para cima quando se encontram de bruços. O jeito é observar o sono do bebê para identificar essa fase – até lá, a regrá é mantê-lo de barriga para cima. “A posição reduz em até 70% o risco de morte súbita por asfixia”, reforça Eugênia.

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    Como evitar que uma criança que se mexe muito acabe fique de bruços no berço por si só?

    A dica de Moreira é clássica: deixar o berço sem nenhum objeto. “Nada de fraldinha no rosto ou travesseiro. O bebê pode se enroscar em itens como esse”, afirma o pediatra da SBP. É importante que o lençol esteja bem preso ao colchão nas pontas e cubra apenas até o tórax, deixando os braços livres. Bichos de pelúcia? Só fora do berço mesmo.

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    + Leia também: 7 orientações para o seu filho dormir melhor

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    Se estiver muito frio, melhor deixar a criança bem agasalhada do que enchê-la de cobertores. “A temperatura do quarto precisa estar neutra: nem muito quente, nem gelada”, afirma Moreira.

    Outra dica é verificar se o pescoço está retinho para facilitar a abertura da garganta.

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    Há alguns anos, a Academia Americana de Pediatria divulgou diretrizes para prevenir acidentes durante o sono do bebê:

    – Coloque o bebê de costas no berço, em uma superfície firme
    – Nunca deixe-o dormir em sofás, cadeiras ou travesseiros sem a supervisão de um adulto
    – Evite itens macios no berço, incluindo cobertores, travesseiros e bichos de pelúcias
    – Não exponha a criança, mesmo que indiretamente, a fumo, álcool ou outras drogas. Isso aumenta o risco de morte súbita.
    – Mantenha a vacinação em dia (parece maluquice, mas isso evita que o bebê fique doente e, portanto, congestionado, o que dificulta a respiração noturna)
    – Evite colocar o filho para dormir na sua cama. Em vez disso, deixe o berço no mesmo quarto dos pais para diminuir a probabilidade de algum problema no sono

    De bruços durante o dia

    Atenção: a posição de bruços não deve ser abolida por completo da rotina do bebê. Durante o dia, é bom investir nela como uma espécie de treino de força.

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    “É recomendável ficar nessa posição diariamente, por períodos curtos, mas somente quando o pequeno estiver acordado e atento. Nessas condições, ela traz benefícios físicos e motores, e esse efeito já é sentido no primeiro mês de vida”, esclarece Eugênia.

    Essa posição ajuda a fortalecer os músculos do pescoço, peito e costas, previne o achatamento da cabecinha do bebê e o ajuda a construir a força necessária para sentar, rolar, rastejar, engatinhar e andar.

    “Ela ainda incentiva o bebê a explorar o ambiente sob nova perspectiva. De barriga para cima, ele enxerga apenas o teto e um pouco do que está a sua volta. De bruços, irá levantar a cabecinha para observar de novos ângulos”, completa a pediatra.

    Alguns exercícios:

    Vale a pena conversar com um profissional de saúde especializado para entender quando é a melhor hora de introduzir esses exercícios.

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