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O que fazer diante dos sintomas e da suspeita de uma candidíase?

Três quartos das mulheres encaram um episódio dessa infecção ao longo da vida. Como lidar com ela? Médica da Oya Care responde

Por Caroline Ingold, ginecologista*
2 dez 2022, 09h30
ilustração de várias vaginas
Candidíase tem sintomas que podem ser confundidos com os de outros problemas na região íntima.  (Ilustração: Ale Kalko/SAÚDE é Vital)
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Campeã de buscas no Google e de reclamações nos consultórios ginecológicos, a candidíase é uma infecção marcada por sintomas muito característicos, como dor ao urinar, corrimento branco pastoso, coceira na vulva e até incômodo na hora do sexo.

Algumas estimativas apontam que 75% das mulheres já apresentaram pelo menos um episódio na vida.

Apesar de ser confundida com uma infecção sexualmente transmissível (IST), a doença na verdade é causada por um fungo que é habitante natural da flora vaginal, o Candida albicans. Ele só provoca problemas quando ocorre algum desequilíbrio na região, o que permite ao micro-organismo se proliferar demais.

O excesso de umidade é uma dos motivos por trás dessa instabilidade. Exatamente por isso é comum que pessoas do sexo feminino sofram com coceira, corrimento fora do normal e outros sintomas da candidíase no verão, período do ano em que acabamos usando roupas de banho molhadas por mais tempo do que o recomendado.

Outros fatores que podem gerar o desequilíbrio da flora vaginal são: o uso de roupas justas, o estresse, a má alimentação, a baixa imunidade, a ingestão de alguns antibióticos, o diabetes e até mesmo a gravidez.

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+ LEIA TAMBÉM: Solução contra vaginose chega às farmácias

Ainda que seja uma doença muitas vezes apontada como unicamente feminina, a candidíase é uma infecção que também pode afetar os homens. Neles, os sintomas mais comuns são: inchaço no pênis, machucados em forma de pontos, pequenas manchas vermelhas e a coceira.

Mesmo não estando na categoria das ISTs, o contato direto com uma pessoa que está com candidíase pode levar ao desenvolvimento da infecção. Além disso, a relação sexual (mesmo protegida) pode causar feridas e inflamações no local afetado. Exatamente por isso orientamos evitar a relação com penetração no período agudo da doença, ou seja, enquanto há coceira e corrimento atípico.

Apesar de os sintomas serem os principais indícios da candidíase, um diagnóstico correto só pode ser feito através da consulta com um ginecologista e de exames como a cultura de secreção vaginal. É que outras infecções podem se manifestar de forma parecida, e a automedicação e o tratamento incorreto não raro agravam o quadro.

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Exatamente por afetar um número grande de mulheres, não é incomum escutar por aí receitas caseiras para aliviar os sintomas da candidíase. Desde a ducha vaginal, passando por truques com iogurte, até o famoso “OB de alho”. Essas opções podem até parecer inofensivas, mas são capazes de mascarar o problema momentaneamente, tornando-o pior mais pra frente.

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Segundo um estudo feito por pesquisadores americanos, menos de 60% das mulheres que se autodiagnosticaram e se automedicaram apresentaram uma melhora diante dos sintomas da infecção. Enquanto isso, 84% das que procuraram ajuda médica e um tratamento correto pararam de sentir os incômodos.

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Portanto, para se livrar de uma vez do problema, busque um ginecologista, que poderá receitar medicamentos e pomadas específicas para a região.

Aliás, quando uma mulher tem quatro ou mais episódios de candidíase no mesmo ano, a infecção é considerada de repetição. Especialmente nesses casos, o suporte médico é essencial, inclusive para descobrir o que está por trás dessa recorrência.

Então já sabe: sempre que sentir coceira na vulva, observar corrimento fora do normal e tiver dor ao urinar, entre em contato com um ginecologista e procure o melhor tratamento para o seu caso.

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* Caroline Ingold é ginecologista e integrante do corpo médico da Oya Care, a primeira clínica virtual de saúde feminina no Brasil

Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE  e Oya Care

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