Há três anos, o leitor Jean Duarte acordou sentindo falta de ar. Na época, ele tinha 15 anos e acabou não procurando um médico por achar que o incômodo logo passaria — além da pouca idade, nunca havia fumado. Desde então, o problema só ganhou fôlego: Jean parou de estudar por causa dessas crises e tem receio de não conseguir trabalhar porque o cansaço e a vontade de desmaiar dão as caras ao menor sinal de esforço. Então resolveu escrever pra gente pedindo uma resposta para a pergunta do título.
Para a pneumologista e clínica geral Andrea Sette, do Hospital e Maternidade São Luiz Itaim, em São Paulo, evitar o tabagismo é, sim, importante para preservar os pulmões. No entanto, diversas doenças interferem no sistema respiratório.
“Asma e bronquite, por exemplo, geram falta de ar crônica. Ter acompanhamento profissional é fundamental para fazer o diagnóstico e definir o tratamento que vai garantir a qualidade de vida”, diz Andrea. “Se não tratadas, essas e outras doenças respiratórias podem resultar em complicações graves e até fatais”, ressalta.
Insuficiência cardíaca e outros problemas cardiovasculares também podem estar por trás da falta de ar, uma vez que o sangue, bombeado pelo coração, é responsável por transportar o oxigênio que o corpo precisa. De novo: uma investigação aprofundada e individualizada é necessária para identificar a questão de base.
Quando todas as causas físicas são descartadas, a análise parte para o terreno psicológico. Sim, picos de ansiedade e estresse podem descompassar a respiração. “Terapia e medicamentos estão disponíveis para esses casos e são administrados de acordo com a gravidade do quadro em questão”, arremata Andrea.
O recado final para Jean Duarte e todos os outros leitores é: não menospreze a falta de ar. Nem qualquer outro sintoma que surge sem uma explicação aparente.
Clique aqui para entrar em nosso canal no WhatsApp