Black Friday: assine a partir de 1,00/semana
Imagem Blog

Boa Pergunta

Por Blog Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Dúvidas sobre saúde enviadas pelos leitores e leitoras são respondidas com o apoio de profissionais da área.
Continua após publicidade

A PrEP reduz a eficácia do tratamento contra o HIV, caso eu o contraia?

A profilaxia pré-exposição (o uso de remédios para prevenir a infecção pelo vírus da aids) é eficaz. Mas ela atrapalharia o controle da doença no futuro?

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 1 dez 2019, 10h22 - Publicado em 15 out 2019, 15h29
o que é prep
A profilaxia pré-exposição é uma das peças para conter as infecções por HIV. (Foto: Tomás Arthuzzi/SAÚDE é Vital)
Continua após publicidade

A PrEP (profilaxia pré-exposição) é um tratamento preventivo à base de comprimidos que visa impedir a entrada do HIV no organismo. São medicamentos receitados a pessoas sem o vírus da aids, que impedem sua instalação no corpo. O método está disponível no Sistema Único de Saúde desde 2018 para grupos vulneráveis a essa infecção e também pode ser encontrado na rede privada.

Embora reconhecidamente eficaz, a PrEP gera dúvidas pertinentes. Um leitor de SAÚDE trouxe uma questão que resolvemos checar:

“Se tomar a PrEP, hoje estarei protegido. Mas, se eu parar e for infectado pelo vírus, meu organismo vai responder menos ao tratamento convencional, que controla a evolução da doença?”

Quem responde é o infectologista Ricardo Vasconcelos, professor da Universidade de São Paulo e um dos principais estudiosos da PrEP no país. “Havia essa preocupação no passado, mas diversos estudos comprovaram que a medicação não cria resistência em quem não tem o vírus circulando”, tranquiliza.

Por outro lado, quando o HIV já se instalou no corpo, a história muda. “Se a pessoa começa a tomar a PrEP e já tem a infecção sem saber, aí sim pode se tornar resistente ao tratamento de controle”, emenda. Daí porque, antes de entregar as doses preventivas, o serviço de saúde faz uma investigação extensa para garantir que esse inimigo da saúde não circula pelo organismo.

Do que é feita a PrEP

Assim como o tratamento para quem já possui o HIV em circulação, ela é composta por antirretrovirais que impedem a replicação do vírus. “Só que a PrEP tem um esquema simplificado, com duas drogas: tenofovir e entricitabina. No tratamento da doença em si, usamos três ou mais compostos dessa categoria”, explica Vasconcelos.

Continua após a publicidade

Sua proteção não é eterna. Ela funciona mais ou menos como um anticoncepcional: quando você para, o risco de infecção volta a subir.

Os comprimidos preventivos estão disponíveis no SUS a grupos considerados mais vulneráveis ao HIV, segundo o Ministério da Saúde. São eles: gays, homens que fazem sexo com outros homens, profissionais do sexo, pessoas trans e parceiros sorodiferentes (quando um tem HIV e o outro, não).

Porém, pertencer a uma dessas turmas não é o suficiente para adotar a estratégia. Ela é indicada no sistema público a quem transou sem camisinha nos últimos seis meses e/ou apresenta infecções sexualmente transmissíveis com frequência e faz uso repetido da PEP (a profilaxia pós-exposição, que consiste em aplicar antirretrovirais imediatamente depois de um comportamento de risco para evitar a instalação do HIV no corpo).

Continua após a publicidade

É possível também aderir à PrEP na rede particular, a um custo de cerca de 300 reais por mês. “Mas é preciso sempre estar em acompanhamento médico para comprar e tomar os medicamentos”, avisa Vasconcelos.

Cabe destacar que esse método só diminui o risco de sofrer com o vírus da aids — outros problemas ameaçando quem faz sexo sem preservativos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.