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Mario Marcondes, veterinário e diretor do Hospital Veterinário Sena Madureira (SP), traz orientações preciosas para quem ama seus bichos de estimação
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Cachorros podem ter Alzheimer?

Bichos mais velhos também estão sujeitos ao declínio cerebral. Nosso colunista explica essa história e no que ficar atento em casa

Por Dr. Mário Marcondes
Atualizado em 13 nov 2018, 14h50 - Publicado em 18 out 2017, 16h13

O aumento da longevidade dos cães observado nas últimas décadas fez com que algumas doenças típicas de animais idosos se tornassem mais prevalentes na medicina veterinária. A exemplo do que acontece em nós, humanos, problemas como diabetes, insuficiência cardíaca e insuficiência renal são cada vez mais frequentes nos velhinhos de quatro patas. Mas e o Alzheimer, que tanto nos preocupa em função do envelhecimento da população? Será que algo similar existe no mundo animal?

Pois saiba que cachorros podem sofrer com uma condição chamada Síndrome da Disfunção Cognitiva (SDC), popularmente conhecida como Alzheimer canino. Estudos recentes mostram que a incidência vem aumentando, e sabemos que o envelhecimento constitui fator determinante para o aparecimento e progressão da doença.

Uma pesquisa com 189 cães demonstrou há pouco que 28% dos animais entre 11 e 12 anos de idade apresentavam algum sinal da síndrome. Entre os cães com idades entre 15 e 16 anos o número de acometidos saltou para 68%!

E como reconhecer essa doença? Como identificar seus sinais? No mundo animal, de fato, fica mais complicado detectar alterações já que nossos amigos não se expressam falando. No entanto, os donos de cães idosos podem ficar alertas para indícios importantes de mudança comportamental, como urinar ou defecar em locais não habituais, portar-se de maneira não usual ao interagir com outros bichos ou pessoas, tornar-se muito agressivo ou, por outro lado, apático.

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A qualidade do sono também pode ser afetada e o animal não raro apresenta períodos mais prolongados de vigília ou sono. A desorientação espacial, por sua vez, costuma vir acompanhada de dificuldade para percorrer rotas conhecidas, distinguir a saída da casa ou prever a hora da alimentação. Perda auditiva, redução da acuidade visual, olhar fixo e diminuição da resposta a comandos aprendidos são outros sinais de alteração neurológica correlacionados à síndrome.

Diante de suspeitas, a recomendação é procurar um especialista. O diagnóstico é realizado por um neurologista veterinário, que descartará outras condições por meio do exame clínico, testes de sangue, tomografia e ressonância magnética, além da resposta ao tratamento instituído.

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Algumas medicações podem ser usadas para melhorar o impulso da transmissão entre os neurônios, outras atuam aumentando a vasodilatação cerebral (isto é, o aporte de sangue e nutrientes ao cérebro). Costuma-se associar aos remédios uma dieta especial para retardar a progressão do declínio neurológico. Alimentos ricos em antioxidantes, como vitaminas E, C e do complexo B, a gordura ômega-3 e o aminoácido L-carnitina tendem a ingressar no cardápio.

Inclusive, pensando nesse nicho, a multinacional suíça Nestlé lançou recentemente no Brasil uma ração específica para cães com alterações neurológicas, a Proplan Neurologic Care, primeiro produto com essa indicação no mercado pet mundial. Enriquecida com ácidos graxos de cadeia média, oferecem uma fonte alternativa de energia para melhorar a função cerebral. Segundo o fabricante, resultados de melhora de sintomas neurológicos podem ser observados em até 90 dias do início da nova dieta.

Nesse meio tempo, diante do crescimento das doenças neurodegenerativas entre os bichos mais idosos, estudos têm sido realizados com o objetivo de incrementar o diagnóstico e o tratamento. Tudo para ampliar a qualidade de vida dos pets que entram ou entrarão na terceira idade.

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