Um urologista da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública estava acostumado a atender meninos e meninas que molhavam os lençóis – e a roupa – mesmo já não sendo mais bebês. O problema era que o único tratamento disponível, com remédios, durava seis meses e, mesmo assim, só fazia efeito em 30% da garotada.
O baixo índice de sucesso motivou a criação de uma técnica alternativa: a eletroterapia parassacral. Três vezes por semana, ele e sua equipe posicionavam eletrodos que davam choquinhos na região entre as costas e as nádegas das crianças. Cada sessão durava 20 minutos e os pequenos sentiam apenas um leve formigamento.
Durante os encontros, os profissionais ainda orientavam a molecada sobre tudo o que ajuda a bexiga a funcionar melhor. Desse jeito, 63% dos casos foram resolvidos rapidinho, sem os efeitos colaterais dos remédios. E o restante pelo menos passou a fazer menos xixi fora de hora.
Essa solução original — que alia tecnologia com criatividade — ganhou destaque na categoria Saúde da Criança do Prêmio SAÚDE de 2010. E, esse ano, a premiação comemora uma década de sua criação reconhecendo mais iniciativas inspiradoras de profissionais de saúde de todo o Brasil. Fique por dentro no https://premiosaude.com.br.