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Vício em tecnologia abala a qualidade de vida

Esse é um dos achados de uma pesquisa brasileira feita com jovens

Por Redação Saúde é Vital
Atualizado em 14 fev 2017, 11h24 - Publicado em 23 set 2015, 11h44
 (Foto: Alex Silva/)
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Quando você olha para os lados, costuma se deparar com muitas pessoas mexendo em celulares e tablets? Para desvendar até que ponto essa dependência tecnológica atinge os adolescentes, a pesquisadora Fernanda Davidoff, da Universidade Federal de São Paulo, realizou um levantamento com 264 estudantes entre 13 e 17 anos.

Os participantes eram de escolas públicas e particulares da cidade de São Paulo e responderam questionários que avaliam a qualidade de vida. Entre os entrevistados, 68% foram classificados como dependentes moderados de tecnologias, enquanto 20% se mostraram dependentes graves. O estudo também contemplou a incorporação de celulares e afins nos hábitos diários desses estudantes. Os resultados: 33% relataram usar os smartphones quando vão ao banheiro, 51% durante as refeições e 90% antes de dormir, quando já estão na cama. E, ao acordar, a primeira coisa que fazem (92%) é checar o celular.

Leia mais: Qual o limite de tecnologia para crianças?

Só que a dependência dos dispositivos digitais parece influenciar no bem-estar desses jovens. A qualidade de vida era mais alta entre os alunos com dependência leve de tecnologia. Porém, os voluntários que abusavam mais de tablets, smartphones e afins apresentaram médias menores nos aspectos físico, sentimental, social e escolar. Para Denise De Micheli, orientadora do projeto, as informações coletadas nessa pesquisa mostram dificuldades no controle de impulsos entre os adolescentes, que acabam utilizando os meios tecnológicos como principal recurso para lidar superficialmente com problemas de relacionamento.

E você, se considera um dependente de tecnologia? Elencamos aqui oito condições já definidas por especialistas e que têm a ver com o abuso da tecnologia.

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Síndrome do toque fantasma
É a sensação constante de que o celular está tocando. Segundo estudo do Centro Médico Baystate (EUA), 68% dos 176 voluntários entrevistados sentiam a alucinação sensorial, que gera ansiedade.

Nomofobia
Trata-se do medo crônico de ficar sem celular. Um levantamento da Universidade Federal do Rio de Janeiro indica que mais de 30% das pessoas entram em paranoia quando não conseguem utilizá-lo.

Cibercondria
Hábito de vasculhar sites em busca de sintomas para os males que a pessoa acha que tem. Uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) apontou que 83% dos voluntários avaliados eram hipocondríacos digitais, situação que predispõe a crises de pânico e ansiedade.

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Danos aos testículos
Usar notebook no colo pode reduzir a capacidade reprodutiva, alerta experimento da Universidade Stony Brook (EUA). É que isso eleva a temperatura dos testículos e debilita os espermatozoides. Recorrer a uma almofada não ofereceria proteção.

WhatsAppite
É uma inflamação nos pulsos causada pela troca de mensagens no Whatsapp. Foi descrita pela primeira vez na revista médica The Lancet depois que uma espanhola passou seis horas seguidas no aplicativo e foi parar no hospital.

Náusea digital
Mal-estar provocado por programas, jogos e equipamentos baseados em realidade virtual. Usuários de dispositivos Apple chegaram a relatar enjoo, vertigem e dor de cabeça por causa do abre e fecha de alguns aplicativos.

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Efeito Google
Por que decorar uma informação se você a encontra em um site de busca? Na Universidade Colúmbia (EUA), cientistas estão sondando como esse acesso imediato mexe com o cérebro. Primeira conclusão: a memória sai mesmo prejudicada.

Problemas osteomusculares
O uso de tablets, computadores e afins exige movimentos repetitivos e pode resultar em posturas nocivas. Por isso, viram uma fonte de dor e inflamação nos punhos, nos ombros, no pescoço e, claro, nas costas. Lembre-se, portanto, de fazer pausas e cuidar da coluna quando estiver em frente às telas.

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