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Pré-natal: papai também deve fazer

Quando o homem visita o médico e passa por exames antes e no decorrer da gestação da parceira, quem sai ganhando é a saúde do bebê

Por Andressa Basilio (colaboradora)
Atualizado em 4 mar 2020, 13h38 - Publicado em 31 jul 2015, 13h32
Deborah Maxx
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Acompanhar a mulher no obstetra e satisfazer seus desejos mais inusitados. Em nosso imaginário, moldado à base de muito cinema, essas são as principais atribuições do homem durante a gravidez. Mas o Ministério da Saúde está batalhando para esse enredo mudar. Recentemente, foi criado o Pré-Natal do Parceiro, um projeto do sistema Único de Saúde que incentiva o futuro pai a passar por um checkup completo. “O homem não tem só que participar mais. Ele precisa entender que seu estado de saúde também merece atenção”, afirma Renato Sá, chefe do Setor de Obstetrícia e Medicina Fetal do Grupo Perinatal, no Rio de Janeiro.

Antes da concepção

Para pessoas acima do peso, que fumam ou que convivem com problemas crônicos como diabete e hipertensão, os cuidados começam até antes da concepção. Um espermograma pode ser necessário, por exemplo, para verificar se há empecilhos à fertilidade. Agora, independentemente de hábitos e doenças prévias, o pré-natal do papai cobra exames de colesterol e glicemia, além de testes para flagrar doenças sexualmente transmissíveis (hepatite B e C, HIV, sífilis…). “Se o homem transmitir sífilis congênita para a mulher, há risco de nascimento prematuro, aborto espontâneo e morte fetal. Mas, caso a infecção seja identificada a tempo, dá para tratar”, exemplifica o obstetra Júlio Elito Jr., da Universidade Federal de São Paulo.

Também é importante confirmar a tipagem sanguínea do casal, já que a incompatibilidade pode gerar transtornos. Um dos perigos é o organismo da mulher encarar o feto como algo estranho e, assim, produzir anticorpos contra ele. Os especialistas ainda defendem a atualização da carteira de imunização e destacam a vacina tríplice bacteriana, que previne difteria, tétano e coqueluche.

Só há um porém nessa história. Segundo o médico Marcello Cocuzza, da Sociedade Brasileira de Urologia, a maioria dos hospitais ainda não está preparada para adotar um programa desses. Portanto, caberia ao homem, nesse primeiro momento, buscar um urologista ou clínico geral. Feitos os exames e com as imunizações em dia, aí sim as energias podem se voltar para fora do consultório. “Para ter mais consciência do seu papel, o homem deve ver o ultrassom, além de fazer carinho e conversar com a barriga da mãe”, aconselha a pediatra Luciana Herrero, do Instituto Aninhare, de Ribeirão Preto, no interior paulista. É um papel bem mais atuante do que o reservado aos papais da ficção, não?

Marmanjos em ação

Depois que o bebê nasce, o homem permanece protagonista nos cuidados com o filho

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Banho

É um momento único de contato corporal entre pai e filho. Além de estreitar laços, favorece o desenvolvimento cognitivo da criança.

Amamentação

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O pai pode ajustar a posição da poltrona, deixando a mãe mais confortável, ou até mesmo cuidar de uma tarefa da casa que ficou para trás.

Troca de fralda

Quem disse que o pai só participa das horas boas? Trocar o bebê não é um bicho de sete cabeças e deve fazer parte da divisão de tarefas.

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Sono

A voz grave pode ser um baita sonífero para o pequeno. E, com o tempo, é provável que o pai se torne o contador de histórias oficial.

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