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Palmada: pode ou não pode?

Na hora de educar os filhos, muitos pais utilizam esse recurso. Ou acabam se descontrolando diante de uma birra. Mas os tapas podem trazer prejuízos sérios para a criança

Por Thiago Nepomuceno
Atualizado em 3 nov 2016, 14h36 - Publicado em 5 out 2016, 16h34
Ali Karakas
Ali Karakas (/)
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Uma palmadinha no bumbum, na hora da birra, tudo bem, certo? “Afinal, não chega a ser uma surra”. Pensar dessa maneira é perigoso: os castigos físicos podem prejudicar o desenvolvimento da criança. Segundo a psicóloga Jonia Lacerda Felicio, da Universidade de São Paulo (USP), o pai e a mãe devem impor limites e aprender a dizer “não”. Mas, quando isso é feito através do tapa, o filho acaba entendendo que os desentendimentos são resolvidos apenas com o uso da força – uma interpretação que gera problemas em diversos aspectos. “Quando analisamos uma criança que sofre abusos físicos frequentemente, vemos que ela é agressiva na escola, por exemplo. Há ainda a possibilidade de deixá-la assustada ou humilhada”, afirma.

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Além disso, quando a garotada é punida com palmadas, não raro cria uma espécie de mecanismo de desligamento. Ou seja, ela se desconecta daquele momento para não sentir a dor. Só que muitas vezes essa estratégia é levada para outras situações do dia a dia, como na escola. A questão é que “desligar” em ocasiões desconfortáveis aumenta o risco de distúrbios de atenção e dificuldade de aprendizado. A alternativa mais adequada é utilizar o castigo comportamental, como proibir o videogame em casos de birra. Mas a ação deve ser imediata e durar pouco para o pequeno conseguir relacionar o comportamento negativo com a punição. “Quando o castigo é excessivo, deprime a criança”, comenta Jonia.

O bom e velho diálogo, claro, não deve ser menosprezado. E não estamos falando de longos sermões. As broncas precisam ser curtas e rápidas, sem partir para desabafos ou acabar em nervosismo. Nessas circunstâncias, manter a calma é essencial. Agora, se os pais forem dominados por estresse e raiva, Jonia sugere interromper a conversa e resolver o desentendimento em outra hora, de cabeça fria. Por outro lado, se quem ficar fora do controle for a criança, uma boa dica é segurá-la pelos pulsos, olhar no rosto e falar firme. Lembre-se: sempre é possível educar sem partir para a palmada.

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