Morre Ivo Pitanguy, um dos maiores cirurgiões plásticos do mundo
O brasileiro, que revolucionou a cirurgia reparadora, foi vítima de uma parada cardíaca
Vítima de uma parada cardíaca no último sábado (6 de agosto), o cirurgião plástico Ivo Pitanguy morreu aos 93 anos em sua casa, no Rio de Janeiro. Mineiro, o médico se formou na década de 1940, quando a cirurgia plástica sequer era reconhecida como especialidade médica no Brasil.
Por isso ele partiu para os Estados Unidos e, na década de 1950, para a França — sua ideia era aprender lá fora como reparar com o bisturi desfigurações provocadas por doenças congênitas, traumas e queimaduras. Mas o que aprendeu para valer e, como professor, ensinou com generosidade a centenas de alunos de mais de 40 países foi reconstruir a autoestima de seus pacientes.
Sua habilidade era notória. Tanto que é considerado um dos maiores cirurgiões plásticos do mundo. Com sua habilidade única, conseguiu recursos para ajudar a financiar operações a pessoas carentes.
Há 46 anos, Ivo Pitanguy criou um serviço na Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro para atender indivíduos de baixa renda que, deformados, não tinham acesso à cirurgia reparadora. Nesse longo período, já passaram pelos seus centros cirúrgicos mais de 50 mil crianças e adultos.
Foram tantas suas contribuições para a saúde brasileira que, em 2012, ele recebeu o título de Personalidade do Ano do Prêmio SAÚDE, iniciativa da revista SAÚDE e da Editora Abril. A ele, que já foi aplaudido tantas vezes ao redor mundo, fica a nossa mais sincera homenagem.