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Hepatite C: novos remédios prometem dar fim à infecção no fígado

Com as novidades, a doença que atinge 185 milhões de pessoas no mundo está a um passo da cura.

Por Redação M de Mulher
Atualizado em 8 Maio 2023, 16h30 - Publicado em 23 jul 2014, 22h00
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Apesar de a hepatite C estar controlada atualmente, ela continua se espalhando por aí.  (/)
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O último Congresso Internacional do Fígado, realizado em abril de 2014 em Londres, na Inglaterra, esteve recheado de boas notícias para os portadores de hepatite C. Segundo os estudos apresentados ali, quatro novos fármacos conseguiram resultados animadores, chegando a zerar a carga do vírus causador da doença.

“São drogas com uma eficácia superior a 90%, que reduzem o tempo de tratamento de 48 para 12 semanas e não trazem muitos efeitos colaterais”, elogia o gastroenterologista Edison Parise, presidente da Sociedade Brasileira de Hepatologia. Uma das opções, do laboratório americano AbbVie, alcançou 96% no índice de sucesso – trata-se de uma espécie de coquetel com três princípios ativos, tomados diariamente.

Outros comprimidos que estão chegando

Simeprevir

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Da empresa americana Janssen, esse medicamento tem eficácia de 80%. Ele age inibindo a enzima protease, aquela que corta as cadeias de proteína para montar novos vírus da hepatite C.

Asunaprevir + Daclatasvir
Sua eficácia vai de 82 a 90%. Da farmacêutica com base nos Estados Unidos Bristol-Myers Squibb, essa droga bloqueia as enzimas protease e NS5A, associada à fabricação das cópias do vírus causador desse tipo de hepatite.

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Ledipasvir + Sofosbuvir
A novidade da também americana Gilead Sciences tem eficácia de 94 a 99%. O remédio interfere na ação das enzimas NS5A e polimerase, esta responsável por formar novas cadeias nucleosídeas, que compõem o material genético do vírus.

O vírus ainda é transmitido

Embora esteja mais bem controlada atualmente, a infecção por hepatite C continua se propagando. Ela se dá, sobretudo, pela transfusão de sangue ou compartilhamento de materiais contaminados, caso de seringas, lâminas de barbear, alicates de unha e utensílios para a confecção de piercings e tatuagens.

Fontes: Márcia Schöntag, infectologista, gerente médica do grupo da virologia da AbbVie; Fábio Carvalho, imunologista, gerente médico da Bristol-Myers Squibb

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