
Normalmente o médico, ou enfermeiro, usa um aparelho chamado — não se assuste com o nome — esfigmomanômetro. O trabalho é auxiliado por um estetoscópio, aquele instrumento para ouvir os sons do peito. A medição é feita em dois momentos. Um deles é bem na hora em que o coração bate, a válvula cardíaca se abre e o sangue é ejetado para os vasos. A segunda etapa se dá quando o coração relaxa, a válvula se fecha e o líquido continua seguindo seu caminho por vasos cada vez menores. Nessa hora, o especialista fica de olho na resistência desses encanamentos. Eles não podem se fechar, senão o corpo não recebe sangue direito.
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Para medir, o aparelho é colocado no braço junto com uma bolsa de borracha que sofre uma compressão. Você com certeza já passou por esta cena: o profissional de saúde vai apertando uma bombinha e, ao mesmo tempo, coloca o estetoscópio um pouco abaixo daquele acessório emborrachado. Aos poucos, deixa a tira desinflar. Com o estetoscópio, ele ouve exatamente o instante em que o coração libera o sangue. Registra então o primeiro número que aparece no aparelho. A tira continua a ser solta até que ele não ouve mais nenhum ruído. Isso quer dizer que o fluxo sanguíneo está livre. Esse segundo número é anotado.
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Para ter certeza do resultado, o certo é checar duas vezes — e nos dois braços. Também é indicado esperar uns cinco minutos depois da chegada à consulta. Em geral o paciente está meio agitado e isso faz apressão subir. Dado um tempinho para ele relaxar e se acostumar com o local, o profissional pode medir a pressão e obter um valor confiável.