O movimento Força Amiga, campanha que alerta para a importância da prevenção, do diagnóstico e do tratamento corretos do câncer de colo do útero, teve início agora em agosto e conta com o empenho de várias entidades médicas e sociais. Entre elas, estão a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica, a Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama, o Instituto Oncoguia, o Instituto Lado a Lado pela Vida e a farmacêutica Roche. O objetivo da iniciativa é dar suporte às pacientes com a doença e incentivar o debate sobre o tema.
O movimento prevê ações com celebridades e divulgação de conteúdos nas mídias sociais, além de uma parceria com a AES Eletropaulo, empresa de distribuição de energia da Região Metropolitana de São Paulo, para a veiculação de conteúdos relacionados ao tema nas contas de luz que chegam às casas. Tanto barulho é justificável pela gravidade e desconhecimento acerca da doença: cerca de 5 mil brasileiras morrem, todos os anos, em decorrência de tumores no colo do útero. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), esse é o terceiro tipo que mais atinge as mulheres no país — só fica atrás da enfermidade nas mamas e na região colorretal. Um exame simples e rotineiro, como o papanicolau, é capaz de flagrar a maioria dos casos. Também não podemos nos esquecer do vírus do papiloma humano, o HPV, transmitido sexualmente e principal culpado pela maioria das formações malignas. Uma vacina que protege da ameaça está disponível para meninas adolescentes em todo o Brasil.
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Médicos que apoiam o Força Amiga criaram uma lista com seis atitudes para fortalecer a luta contra o câncer de colo de útero. Confira abaixo o que você pode (e deve) fazer:
1) Previna-se: o câncer de colo do útero é causado principalmente pela infecção persistente do HPV. Cerca de 5 mil mulheres morrem por ano em decorrência da doença no brasil. Vacine-se contra o HPV, use camisinha e faça o papanicolau.
2) Consulte o médico regularmente: o acompanhamento é fundamental para prevenir e diagnosticar a doença precocemente. As chances de cura ou controle são diretamente proporcionais ao estágio em que a doença é diagnosticada. De acordo com as projeções do Inca, em 2016 serão mais de 16 mil novos casos no país.
3) Fique atenta aos sintomas: a doença se desenvolve de forma lenta e sem sinais na fase inicial. Porém, pode desencadear quadros de sangramento, secreção vaginal anormal e dores abdominais. No Brasil, 77% das pacientes com câncer de colo do útero são diagnosticadas com a enfermidade já em fases mais avançadas, quando começam a surgir os primeiros sintomas.
4) Busque tratamento: a escolha da terapia ideal para cada paciente depende do estágio da enfermidade, assim como das condições clínicas da mulher. Já existem opções para todas as fases.
5) Apoie quem tem a doença: as famílias, os médicos e a sociedade possuem um papel importante na luta dessas mulheres. Especialistas reafirmam que a motivação da paciente ajuda no combate à doença.
6) Espalhe o assunto: a falta de informação é o principal gargalo para o controle do câncer de colo do útero. Segundo pesquisa Datafolha, 73% da população não conhece pacientes com a doença, embora ela mate uma mulher a cada 90 minutos no país. Faça a sua parte e repasse a informação para outras mulheres.