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Spirulina: o que é e para que serve suplemento feito de ‘alga’

Rico em proteínas e abundante no mar, alimento com base em cianobactérias encontradas na água já foi destacado pela OMS no combate à fome

Por Maurício Brum
12 abr 2024, 15h33
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Embora a spirulina tenha um uso secular em receitas de povos originários nas Américas e na África, hoje a forma mais comum de encontrá-la é em suplementos (Freepik/Freepik)
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Em muitos casos, as cianobactérias são consideradas uma espécie de praga que pode comprometer a vida aquática. Também chamadas no passado (erroneamente) de alga azul, elas podem, no entanto, ser aliadas da saúde humana quando falamos da alimentação: é quando entra em cena a spirulina ou espirulina.

Rica em proteínas, ferro e outros nutrientes essenciais, a spirulina tem se tornado uma estrela na busca por segurança alimentar no século 21. Afinal, são abundantes nos oceanos e em reservatórios de água salobra, especialmente em regiões tropicais.

Primeiro, vale desfazer qualquer confusão: não só as cianobactérias não são mais consideradas algas como a própria spirulina não é mais classificada dentro desse gênero taxonômico. Só que elas passaram tanto tempo sendo referenciadas dessa forma que ainda hoje é mais fácil encontrá-las citadas dessa maneira.

+Leia também: Algas no prato: elas são fontes de fibras e ainda têm ação antioxidante

Para fins de conhecimento, porém, lembre que até existem cianobactérias do gênero Spirulina, mas aquelas vendidas comercialmente com esse nome na verdade são espécies do gênero Arthrospira. Uma confusão! Mas não se preocupe: se você encontrou um suplemento à base de spirulina, é das Arthrospira que estamos falando.

Independentemente do nome científico, o que importa, mesmo, é garantir as vantagens nutricionais desse alimento.

Mas, afinal, para que serve a spirulina?

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já destacou a spirulina entre os alimentos do milênio, devido à abundância e aos benefícios nutricionais que ele pode trazer.

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As principais vantagens estão associadas ao fato de ser uma boa fonte de proteínas e de nutrientes como o ferro, o que poderia render uma alternativa mais barata – e com menor impacto ambiental – do que o consumo de carne animal para obter os mesmos benefícios.

Afinal, quase dois terços da composição da spirulina seca correspondem a proteínas. Em uma porção de 100 gramas, em torno de 60 a 70 gramas são proteína.

+Leia também: Proteína: será que precisamos de tanto assim?

Além disso, a “alga azul” é rica em vitaminas do complexo B e antioxidantes. Essas propriedades a tornam uma aliada em potencial no controle de problemas como diabetes, colesterol alto e hipertensão. No entanto, faltam evidências para cravar seu uso no tratamento dessas condições.

É importante ter em mente que nenhum alimento ou suplemento resolve os problemas de saúde por conta própria – eles devem ser inseridos como parte de uma dieta equilibrada em um estilo de vida saudável.

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Como incluir a spirulina na alimentação?

Há registros da spirulina sendo incluída em receitas desde os tempos dos astecas: eles deixavam a cianobactéria se acumular em pedaços de madeira colocados sobre lagos salobros e depois a recolhiam, utilizando para fazer uma espécie de bolo. A versão seca também era misturada a outros alimentos.

Embora o uso como parte de uma refeição ainda seja comum em comunidades tradicionais das Américas e da África, em geral a principal maneira de encontrar spirulina é na forma de suplementos, em pó ou cápsulas.

Devido ao alto teor proteico, ela acaba sendo uma alternativa para pessoas que precisam suplementar esse nutriente na dieta.

Em qualquer cenário, busque sempre orientação médica e/ou nutricional antes de inserir alguma suplementação na sua rotina. Um excesso de spirulina, por exemplo, pode causar efeitos colaterais como uma queda muito acentuada da pressão arterial e complicações hepáticas.

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Gestantes e crianças também devem evitar esse tipo de suplementação, devido a uma chance de a cianobactéria provocar toxicidade no organismo.

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