Se o metabolismo humano foi moldado há milênios, quando nem existia a agricultura, então o ideal seria seguir os costumes dos homens das cavernas, certo? Esse foi o ponto de partida do nutricionista americano Loren Cordain, da Universidade do Estado do Colorado, ao criar a dieta paleolítica. “Ela se baseia na exclusão dos grãos, especialmente do trigo, e de todos os produtos processados. Deve-se ingerir apenas o que é caçado ou colhido na natureza”, descreve a nutricionista Aline de Andrade, de Porto Alegre. Carnes, hortaliças, frutas, sementes e castanhas forram a base do cardápio.
Um trabalho englobando 159 voluntários na Universidade de Leiden, na Holanda, até mostrou que a paleo reduz a circunferência abdominal, a pressão arterial e outros fatores de risco cardíaco em curto prazo. O desafio é botar a estratégia em prática… e por meses a fio. “Nós temos uma cultura muito forte de comer pães, massas, bolos. A remoção radical desses elementos seria massacrante e geraria frustração no dia a dia”, pondera a zutricionista Danielle Fontes, da capital paulista. Ou seja, o mais provável é largar o osso, ops, a paleo no meio do caminho.
Onde a dieta falha: A carência de carboidratos resulta em falta de algumas vitaminas e de energia para as tarefas do cotidiano. As regras da paleo não estão adaptadas à correria da vida moderna: há muito esforço para preparar as refeições, que são bastante monótonas.
O que se tira de proveito: A dieta privilegia tudo que é natural e chama a atenção para os malefícios de industrializados – que, em sua maioria, vêm lotados de conservantes, corantes e outras substâncias danosas à saúde. A redução no consumo de sal é um segundo ponto positivo