Menos carne contra a diverticulite
Consumo excessivo de bife de vaca é um dos fatores por trás da ascensão desse problema que afeta o intestino, indica estudo
Embora a formação de divertículos seja comum a partir dos 60 anos, essas pequenas bolsas que se alojam no intestino grosso vêm aparecendo em gente jovem. “Só que ter divertículos não é sinal de doença. O problema se dá quando ocorre uma inflamação nessa bolha”, explica Sidney Klajner, cirurgião do aparelho digestivo do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Aí é dor na certa. Recentemente, pesquisadores do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, decidiram avaliar o elo entre a ingestão de alguns tipos de carne e a complicação. Após acompanhar 46 500 homens por 26 anos, eles concluíram que o maior consumo de bife de vaca estava ligado a um risco elevado de enfrentar a diverticulite.
Substituir uma porção de carne vermelha ao dia por uma de ave ou peixe, por outro lado, derrubaria em 20% a probabilidade de sofrer com a doença. Para Klajner, os achados acendem um alerta, mas é cedo para bater o martelo.
Comida que faz bem ao intestino
Considerando que os divertículos podem entupir e inflamar devido ao empedramento de fezes, o consenso, em termos de dieta, é que as fibras são essenciais. Elas estão em leguminosas, grãos, frutas, verduras e legumes. Mas, com a doença instalada, aí tem que maneirar. “Nesse momento é preciso poupar o intestino”, diz Klajner.
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