Nativo da Ásia, o gengibre é uma planta utilizada há mais de dois mil anos como tempero e remédio. A raiz e seus extratos servem para aplacar condições gastrointestinais e são ingredientes de chás, bolos, molhos e até perfumes.
Com tantos usos, vale a pena conhecer um pouco mais sobre como obter os melhores benefícios desse alimento tão versátil – e o que a ciência realmente diz sobre eles.
Quais os benefícios do gengibre
Gingerol é o nome de um grupo de compostos que incluem aqueles presentes no gengibre. São eles que dão o aroma e sabor característicos da raiz. Além de agradar o paladar, os gingeróis são ricos em vitamina C, vitamina B6 e potássio, por exemplo.
Na culinária, o gengibre é usado na forma fresca e desidratada para fazer sucos, chás e molhos para carnes. Na confeitaria, é tempero para bolos, biscoitos e tortas. O óleo essencial do gengibre é base para licores, refrigerantes e até perfumes.
+Leia também: Extrato de gengibre ajuda a controlar o diabetes, segundo estudo
Na medicina tradicional, é comum usar chás ou xaropes de gengibre para tratar gripe e tosse, devido às propriedades expectorantes da planta. No entanto, é recomendável conversar com o médico, até para verificar se não há opções mais adequadas para o seu caso, e com comprovação científica.
No quesito benefício à saúde, os asiáticos têm um costume de comer pedaços de gengibre entre as refeições para limpar o paladar e ajudar na digestão. Não é casualidade que um lugar frequente para encontrar a planta seja um combinado de sushi.
De fato, a ação mais comprovada cientificamente do gengibre é no sistema digestório. O gengibre é estudado como aliado na prevenção e tratamento de náusea, vômito e indigestão.
Consumir gengibre ajuda a combater os enjoos da gravidez ou o tipo de náusea conhecida como cinetose – que ocorre quando a pessoa enjoa em um veículo em movimento. Também vale incluir o gengibre na dieta para ajudar em casos de gases, cólicas e indigestão.
Ainda assim, não substitua tratamentos contra nenhuma dessas encrencas, em especial sem orientação médica! O gengibre é um complemento, nunca um tratamento principal.
Que cuidados tomar com o gengibre?
Embora seja um produto natural, o gengibre não está isento de contraindicações. Para grávidas e pessoas com problemas de saúde, é importante consultar o médico antes de consumi-lo.
O excesso de gengibre pode interferir nos processos de coagulação do corpo. Mas a verdade é que a superdosagem em geral só ocorre quando ele é ingerido por meio de suplementos alimentares.
Como fazer chá de gengibre?
O chá é feito com o rizoma, não com as folhas da planta. Pode ser preparado tanto com o gengibre fresco quanto com a versão seca, comumente encontrada nos supermercados.
O gengibre fresco concentra o sabor. Para preparar o chá, basta cortar os nós da raiz e descascá-la. Depois, é só cortar em fatias finas e adicionar a água fervente.
Depois de 10 minutos descansando, o chá está pronto para consumo. Dá para coar o gengibre e adicionar limão e mel a gosto.
Dá para plantar gengibre em casa?
Isso mesmo – dá para ter seu próprio pé de gengibre, mesmo dentro de um apartamento. Basta escolher um pedaço de gengibre bonito e saudável na feira ou no supermercado.
O pedaço de gengibre precisa ter pelo menos duas gemas: duas protuberâncias ou nós no caule, de onde vão surgir os brotos. Daí, é só plantar em uma cova de 10 centímetros de profundidade.
O gengibre cresce melhor na sombra, e deve-se evitar água em excesso para o rizoma não apodrecer. O broto nasce rapidamente, mas demora de 7 a 10 meses para poder colher o gengibre. Quando as folhas começam a amarelar e cair, é porque enfim chegou a hora.
Depois de coletar o pedaço desejado, você pode repetir o processo inúmeras vezes enquanto a planta viver.
ACESSO LIVRE COM VIVO FIBRA