Dieta à base de plantas avança entre a população
Redução no consumo de carne é onda positiva, mas substitutos merecem atenção
Para entender os hábitos e as preferências dos consumidores de alimentos à base de plantas, a empresa ADM adquiriu um levantamento global com dados de 2020 a 2022. A tendência é clara: de lá pra cá, cada vez mais gente resolveu maneirar na carne e investir em proteínas vegetais. A preocupação com o meio ambiente e a saúde é o principal motivador da decisão.
Segundo a engenheira de alimentos Andréa Lunardini, líder técnica de Nutrição da ADM na América Latina, o ideal, na hora da troca, é buscar itens similares à carne em termos de composição. “Muitos industrializados focam na aparência e no sabor, mas deixam de lado o perfil nutricional”, alerta.
A nutricionista Eleonora Galvão, da Nutrindo Ideais, no Rio de Janeiro, frisa que não é preciso quebrar a cabeça nesse aspecto. As leguminosas, como feijão, grão-de-bico e lentilha, são ótimas opções.
“Uma concha pode substituir 100 gramas de carne”, compara. Ao comprar industrializados, a expert aconselha investigar o rótulo e priorizar o que tiver uma lista de ingredientes enxuta e o mais natural possível.
–Cuidado ao trocar a carne por itens plant-based processados, congelados e altamente industrializados. Eles costumam conter níveis elevados de sódio, gordura e aditivos químicos.
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Aposte na tradição
Uma categoria que ficou famosa como opção à carne é a de hambúrgueres vegetais. Mas, muitas vezes, eles são altamente processados e desequilibrados nutricionalmente.
A boa notícia é que esse tipo de produto está longe de ser decisivo para a obtenção de proteínas no dia a dia. De acordo com a nutricionista Eleonora Galvão, quem colocar arroz e feijão nas principais refeições já estará muito bem coberto nesse sentido. Sementes e castanhas podem complementar o cardápio.