Mais uma entidade médica coloca em xeque os tão propagados benefícios do óleo de coco. Dessa vez quem soltou um documento sobre o tema foi a Associação Americana do Coração, que reúne cardiologistas dos Estados Unidos.
Segundo o artigo, substituir gorduras saturadas por aquelas mais saudáveis reduz o risco cardiovascular tanto quanto tomar estatinas — drogas clássicas para controlar o colesterol.
“Esses dados reafirmam as evidências científicas de que as gorduras saturadas aumentam o colesterol LDL, uma das principais causas de aterosclerose”, comentou, em um comunicado, Rachel Johnson, professora de nutrição da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, que assina o artigo com outros pesquisadores. “Além disso, trocar essas gorduras pelas poli-insaturadas diminui a incidência de doença cardíaca”, completou.
Mas e onde entra o óleo de coco nessa história? Ora, de acordo com os experts, 82% das gorduras desse produto são representadas pelas tais saturadas. E estudos mostram que ele elevaria o colesterol LDL tanto quanto a manteiga, a carne vermelha ou o óleo de palma.
Se você procura óleos mais balanceados, Rachel sugeriu que invista nos de canola, milho, soja, amendoim, cártamo, girassol e nozes. O azeite, o abacate e as oleaginosas – a exemplo de nozes, amêndoas e castanhas – têm pouca gordura saturada. Na verdade, esses itens seriam compostos basicamente pelas versões monoinsaturadas, associadas a vantagens cardiovasculares.
Agora, se a pessoa gostar do óleo de coco, sem desespero. Usar o produto com moderação dificilmente trará malefícios à saúde. Só não encare-o como um remédio para diferentes males, como já foi dito por aí.