Brasil ganha primeiro mercado 100% orgânico (e não tem só comida)
Além de alimentos, no local é possível encontrar produtos de limpeza, artigos de higiene e ração para animais de estimação
Nos últimos tempos, com o maior interesse das pessoas em adotar um estilo de vida saudável, a variedade de itens orgânicos cresceu. E não estamos falando só dos vegetais produzidos sem pesticidas. O conceito chegou a diversas categorias, como a de produtos de limpeza, ração para o bichinho de estimação, carnes, laticínios, artigos de higiene, doces, bebidas alcoólicas… O problema era encontrar tudo isso no mesmo lugar.
Bem, pelo menos os consumidores de São Paulo já podem comemorar. Foi inaugurado, no bairro de Pinheiros, o Solli (Avenida Pedroso de Morais, 816), primeiro supermercado 100% orgânico do Brasil. No espaço de 140m², dá para encontrar mais de 2 mil itens orgânicos.
O bacana é que o estabelecimento também abre espaço para as chamadas Pancs, as plantas alimentícias não convencionais. Pouco exploradas no comércio, elas têm enorme potencial nutritivo, a exemplo de ora-pro-nóbis e taioba. Aliás, evitar a monotonia do cardápio é um dos segredos para aumentar o leque de nutrientes ingeridos.
Para completar, há uma estante voltada àqueles vegetais que, visualmente, não estão dentro do padrão. Por isso, serão vendidos a preços mais acessíveis. Uma ótima sacada, já que muita gente se deixa levar pela aparência na hora da compra – o que, diga-se de passagem, contribui para a cultura do desperdício. Afinal, ter um formato diferenciado e uma cor mais ou menos intensa não significa que o alimento está impróprio para consumo.
E a ideia do Solli não é atrair as pessoas só na hora de abastecer a despensa. O mezanino do supermercado receberá conversas, oficinas e aulas com gente da área da nutrição, produção agrícola e gastronomia para discutir temas ligados à saúde e consumo consciente.
De acordo com material divulgado pela imprensa, outro projeto que deve sair do papel logo mais é o “Solli Expedições”, que levará os clientes até as fazendas dos fornecedores do supermercado. Agora é ver se a ideia pega no resto do Brasil.